Entretenimento

Met Gala 2025 : O Sussurro que Virou Grito – Moda Como Manifesto

Publicado

on

Foto/ Reprodução: Internet

Por Rennan Rocha

Na noite de 5 de maio, o mundo parou — mais uma vez — para assistir ao maior desfile não-oficial da Terra: o Met Gala 2025. Muito além de um tapete, o evento se consolidou como um termômetro cultural e um altar onde moda, arte, política e identidade se encontram.

Este ano, com o tema provocativo “A Revolução Silenciosa: Moda que Transforma”, o Costume Institute desafiou celebridades e estilistas a usarem tecidos e texturas como voz — voz para as causas, as dores, os silêncios e os sonhos.

Moda como Linguagem Não-Verbal

“A Revolução Silenciosa” não pedia exageros, mas inteligência estética. Era um convite à introspecção e à rebeldia sutil. Looks estruturados como armaduras emocionais, silhuetas que escondem mais do que revelam, peças tecnológicas que se adaptam aos estados de humor: o resultado foi um desfile de códigos visuais complexos e poéticos.

Os Looks que Pararam o Tapete

Zendaya — A Musa Metamórfica

A co-anfitriã da noite surgiu como uma entidade mística: uma capa estruturada com 100 camadas de organza que se transformava em um jardim vivo conforme ela caminhava. À meia-noite, trocou por um vestido colante prateado com escamas robóticas. Ela não apenas vestiu o tema — ela o encarnou.

Bad Bunny — Alfaiataria do Absurdo

Vestido por Margiela, o cantor porto-riquenho desafiou o clássico com um terno recortado e costurado com linha vermelha, simulando uma cirurgia de identidade. O casaco carregava as palavras “yo soy cambio” (eu sou mudança). Uma ode à reconstrução do homem latino.

Rihanna — Mãe de Mil Narrativas

Em um vestido de tule negro com véus que cobriam o rosto e abriam como asas de anjo caído, Rihanna parecia uma viúva de um futuro distópico. A barriga de grávida à mostra reforçava o paradoxo: morte e criação no mesmo corpo.

Anitta — O Brasil Encantado

Em um dos visuais mais elogiados da noite, Anitta desfilou um vestido feito de fibras naturais douradas, desenhado em parceria com artesãos Yanomami. Um cocar de cristais e penas recicladas completava o visual que colocou a ancestralidade brasileira no centro do glamour mundial.

Diferente de anos anteriores, o Met Gala 2025 não foi marcado por looks chamativos apenas pela estética. Havia propósito por trás de cada dobra, transparência e bordado. Muitos convidados usaram seus trajes como forma de manifestação política ou espiritual. Vimos homenagens à saúde mental, à crise ambiental e às raízes indígenas e africanas.

  • Moda Sensorial: tecidos que mudam de cor com o toque ou calor;
  • Gênero Dissolvido: ternos florais, vestidos-escultura, sapatos sem salto;
  • Silhuetas Dramáticas e Minimalistas ao mesmo tempo: menos pele, mais conceito;
  • Joias Narrativas: cada acessório com QR Code que contava uma história.

As redes sociais explodiram com interpretações, memes, análises de semiótica e elogios. Fãs descreveram o evento como uma “galeria viva” e uma “ópera muda onde o figurino canta”. Vídeos com slow motion de capas esvoaçantes e closes dramáticos dominaram o TikTok e o Instagram.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trending

Sair da versão mobile