Economia
Enquanto o Fed deve manter os juros, incerteza recai sobre o Banco Central: Selic pode chegar a 15% nesta Super Quarta
Na expectativa da Super Quarta, quando o Federal Reserve (Fed) e o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciam suas decisões sobre as taxas de juros, o cenário internacional parece mais previsível do que o doméstico.
Nos Estados Unidos, a projeção majoritária é de que o Fed manterá os juros inalterados, diante de sinais de estabilidade na inflação e do esfriamento gradual da economia. Já no Brasil, o mercado está dividido: há quem acredite que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim — e quem projete mais uma elevação de 0,25 ponto percentual, levando a Selic para 15%.
Segundo analistas, o Banco Central brasileiro enfrenta um dilema: controlar a inflação persistente, especialmente nos serviços, ou evitar danos adicionais ao crescimento. Indicadores recentes reforçam o argumento de que o país pode já ter atingido o pico necessário, mas parte dos economistas sustenta que o BC pode optar por mais um ajuste técnico.
A decisão será observada de perto por investidores, empresas e consumidores, já que impacta diretamente o crédito, os investimentos e as projeções para o segundo semestre.