Economia
Ibovespa recua e luta para manter os 139 mil pontos; ações da Azul caem após pedido de recuperação judicial
O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira (28), tentando se sustentar na faixa dos 139 mil pontos. A desvalorização ocorre em meio à cautela nos mercados globais após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) e à expectativa pelos resultados trimestrais da Nvidia nos Estados Unidos.
Principais movimentos do mercado
- O Ibovespa recua aos 139 mil pontos.
- O dólar comercial sobe para R$ 5,69.
- Os juros futuros apresentam avanço.
Entre os destaques, as ações da Vale (VALE3) operam em baixa, Petrobras (PETR4) oscila, e os grandes bancos apresentam desempenho misto.
Azul (AZUL4) despenca
As ações da companhia aérea Azul sofrem forte queda após o anúncio de que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial. O mercado reagiu negativamente à notícia, refletindo as incertezas quanto à sustentabilidade financeira da empresa.
Estados Unidos: Fed e inflação em foco
As bolsas americanas operam sem direção definida após a divulgação da ata da reunião de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Segundo Andressa Durão, economista do AS, o documento “sugere uma preocupação significativa com ambos os lados do mandato do Fed, mas com viés cauteloso diante dos riscos inflacionários”.
Durão aponta ainda que a ata reforça o discurso dos dirigentes da autoridade monetária norte-americana, que indicam estarem preparados para aguardar maior clareza nos dados antes de novas decisões. A recente mudança na postura dos EUA em relação à política comercial com a China também reduz a urgência de flexibilização das condições financeiras.
“A manutenção dos juros em níveis elevados por mais tempo se torna mais provável, especialmente considerando que os riscos inflacionários permanecem relevantes”, afirma a economista.
No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve discutir hoje com senadores e representantes do setor financeiro o possível aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida que também influencia a cautela dos investidores.