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Economia

Copom eleva Selic para 14,75% e sinaliza cautela diante da inflação persistente

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (7) elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, levando-a de 14,25% para 14,75% ao ano. Este é o maior patamar desde agosto de 2006 e marca a sexta alta consecutiva na tentativa de conter a inflação acima da meta.

A decisão era amplamente esperada pelo mercado financeiro, que já precificava o aperto monetário diante dos últimos indicadores de inflação e das expectativas negativas para o segundo semestre.


Inflação ainda pressiona

A inflação acumulada em 12 meses está em 5,49%, bem acima da meta de 3% estipulada para 2025. O comunicado do Copom destaca que os núcleos da inflação continuam elevados, com pressão nos preços de alimentos, combustíveis e serviços.

“A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, destacou o comitê em sua ata oficial.


Mercado reage com cautela

Após o anúncio, o dólar comercial subiu e fechou o dia cotado a R$ 5,74, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário fiscal e das decisões de política monetária no Brasil e no exterior. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou leve queda, pressionado também pelas incertezas no cenário internacional.


Próximos passos

Apesar da nova alta, parte do mercado já projeta que a Selic possa atingir o pico em junho, com possibilidade de início de cortes graduais a partir do segundo semestre, caso a inflação mostre sinais de desaceleração.

Ainda assim, analistas alertam que o cenário segue desafiador, com alta dos juros nos Estados Unidos, crescimento global moderado e riscos fiscais internos em pauta.


Entenda o que muda com a nova Selic

Com a taxa em 14,75%:

  • O custo do crédito sobe ainda mais para consumidores e empresas;
  • Aplicações como Tesouro Selic, CDBs e fundos de renda fixa se tornam mais atraentes;
  • Financiamentos e parcelamentos tendem a ficar mais caros;
  • A medida busca conter o consumo e reduzir a pressão inflacionária, mas também pode desacelerar a atividade econômica.
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Economia

Ibovespa recua e luta para manter os 139 mil pontos; ações da Azul caem após pedido de recuperação judicial

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O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira (28), tentando se sustentar na faixa dos 139 mil pontos. A desvalorização ocorre em meio à cautela nos mercados globais após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) e à expectativa pelos resultados trimestrais da Nvidia nos Estados Unidos.

Principais movimentos do mercado

  • O Ibovespa recua aos 139 mil pontos.
  • O dólar comercial sobe para R$ 5,69.
  • Os juros futuros apresentam avanço.

Entre os destaques, as ações da Vale (VALE3) operam em baixa, Petrobras (PETR4) oscila, e os grandes bancos apresentam desempenho misto.

Azul (AZUL4) despenca

As ações da companhia aérea Azul sofrem forte queda após o anúncio de que a empresa entrou com pedido de recuperação judicial. O mercado reagiu negativamente à notícia, refletindo as incertezas quanto à sustentabilidade financeira da empresa.

Estados Unidos: Fed e inflação em foco

As bolsas americanas operam sem direção definida após a divulgação da ata da reunião de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Segundo Andressa Durão, economista do AS, o documento “sugere uma preocupação significativa com ambos os lados do mandato do Fed, mas com viés cauteloso diante dos riscos inflacionários”.

Durão aponta ainda que a ata reforça o discurso dos dirigentes da autoridade monetária norte-americana, que indicam estarem preparados para aguardar maior clareza nos dados antes de novas decisões. A recente mudança na postura dos EUA em relação à política comercial com a China também reduz a urgência de flexibilização das condições financeiras.

“A manutenção dos juros em níveis elevados por mais tempo se torna mais provável, especialmente considerando que os riscos inflacionários permanecem relevantes”, afirma a economista.

No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve discutir hoje com senadores e representantes do setor financeiro o possível aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), medida que também influencia a cautela dos investidores.

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Economia

BNDES amplia em R$ 41 bilhões os investimentos no programa Nova Indústria Brasil

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira (26) a ampliação dos recursos destinados ao programa Nova Indústria Brasil (NIB). O orçamento total passará de R$ 259 bilhões para R$ 300 bilhões, um aumento de 13,7%.

O anúncio foi feito pelo presidente do banco, Aloizio Mercadante, durante evento realizado no Rio de Janeiro.

Desde a criação do NIB, o BNDES já destinou R$ 205 bilhões para diferentes setores estratégicos. Os principais montantes foram direcionados à agropecuária (R$ 56,2 bilhões), digitalização (R$ 49,6 bilhões), descarbonização (R$ 17,6 bilhões), defesa (R$ 23,9 bilhões), infraestrutura (R$ 5,8 bilhões) e saúde (R$ 7,1 bilhões).

“De 2022 a 2024, nós aumentamos em 132% o crédito para a indústria brasileira. Nós mais do que dobramos o volume de crédito para a indústria brasileira”, disse Mercadante. “Nós estamos aumentando em 41 bilhões de reais do orçamento para indústria”.

Durante sua fala, o presidente do BNDES também criticou a atual taxa de juros, afirmando que os patamares estão desalinhados com a realidade da economia nacional. Segundo ele, há margem para redução gradual e segura da Selic, de modo a estimular o setor produtivo.

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Economia

Ibovespa abre próximo da estabilidade; dólar é cotado a R$ 5,65

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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu a sessão desta terça-feira, 20 de maio de 2025, próximo da estabilidade, registrando uma leve alta de 0,11% às 10h10, alcançando 139.785,55 pontos. O dólar comercial também operava com pouca variação, sendo cotado a R$ 5,6568, com alta de 0,07% às 10h04 .

Na véspera, segunda-feira (19), o Ibovespa fechou em alta de 0,32%, atingindo 139.636 pontos, renovando seu recorde de fechamento. Durante o pregão, o índice chegou a ultrapassar os 140 mil pontos, marcando uma nova máxima histórica intradiária, impulsionado por declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que reforçou o compromisso da instituição com o combate à inflação .

O cenário internacional também influenciou os mercados. A agência Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de ‘Aaa’ para ‘Aa1’, citando preocupações com o aumento dos déficits e o ônus do refinanciamento da dívida em meio a taxas de juros elevadas. Esse movimento provocou uma queda generalizada do dólar em relação a outras moedas fortes, incluindo o real, contribuindo para o recuo da moeda americana no mercado doméstico

Além disso, a atenção dos investidores está voltada para Brasília, onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou novas propostas fiscais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As medidas visam reforçar o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas .

No cenário internacional, o Banco do Povo da China (PBoC) reduziu suas principais taxas de juros para mínimas históricas, com o objetivo de estimular a economia chinesa diante das tensões comerciais com os EUA. Essa decisão impulsionou as bolsas asiáticas e trouxe otimismo aos mercados globais .

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