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Cultura

Gaby Amarantos no Rio2C 2025: A Força da Música Amazônica e o Futuro Pós-COP30

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O maior evento de criatividade, inovação e tecnologia da América Latina, o Rio2C 2025, recebeu uma das vozes mais potentes e representativas do Brasil: a cantora, compositora, atriz e ativista Gaby Amarantos. Diretamente de Belém do Pará, a artista levou para o palco do evento mais do que sua música. Levou resistência, cultura, ancestralidade e uma poderosa reflexão sobre o papel da Amazônia no futuro da humanidade.

Palestra “The Future of Northern Music Post-COP30”

No dia 29 de maio, Gaby subiu ao palco Soundbeats com a palestra “The Future of Northern Music Post-COP30” (O Futuro da Música do Norte após a COP30). O tema central foi a intersecção entre arte, sustentabilidade e protagonismo das culturas amazônicas em um mundo em transformação.

Ela abriu seu discurso falando sobre o impacto da realização da COP30, que acontecerá em 2025 em sua cidade natal, Belém. Segundo Gaby, esse é um marco histórico não só para a Amazônia, mas para o mundo.

“Ter a COP30 em Belém é dizer para o mundo que a Amazônia não é só floresta, não é só problema ambiental. É cultura, é música, é resistência, é gente pulsando vida. E nós, artistas da Amazônia, temos o papel de amplificar isso para o planeta inteiro.”

A Música Como Ferramenta de Sustentabilidade

Durante sua fala, Gaby destacou que a música produzida na Amazônia é, por si só, uma forma de resistência. Ela explicou como os ritmos como tecnobrega, carimbó, lambada, guitarrada e a aparelhagem são expressões que carregam as histórias do povo amazônico, misturando tradição, inovação e muita criatividade.

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“Quando eu canto, eu estou preservando. Quando eu levo o tecnobrega para o mundo, eu estou mostrando que a Amazônia também faz tecnologia cultural. A gente não só protege o meio ambiente, a gente também gera economia, gera arte, gera futuro.”

Protagonismo Amazônico na Indústria da Música

Gaby trouxe reflexões potentes sobre a falta de representatividade do Norte nos grandes circuitos da música brasileira e internacional. Ela criticou a centralização cultural no eixo Sul-Sudeste e destacou como o Norte tem contribuído, muitas vezes sem o devido reconhecimento.

“Chega de olhar para a Amazônia como exótico. Nós somos potência. Somos centro de cultura, de criatividade e de inovação.”

Ela também falou sobre a importância das políticas públicas culturais, do fortalecimento dos editais regionais e da valorização dos artistas independentes da Amazônia.

Futuro, Tecnologia e Cultura Digital

A artista também abordou como as plataformas digitais, as redes sociais e as ferramentas tecnológicas estão sendo essenciais para quebrar barreiras e democratizar o acesso à música amazônica.

“Hoje a gente não precisa mais esperar um selo de gravadora do eixo Rio-SP. A gente lança da nossa quebrada em Belém para o mundo. E as plataformas digitais são nossos palcos globais.”

Encontro de Potências no Rio2C

Além de sua palestra solo, Gaby participou de painéis ao lado de outros grandes nomes da música brasileira, como Criolo, Marina Sena, Lulu Santos e Péricles, discutindo temas como:

  • O impacto da inteligência artificial na música;
  • Diversidade no mercado musical;
  • Economia criativa;
  • A importância da cultura periférica e regional no cenário global.

Uma Mensagem Final

Encerrando sua participação, Gaby deixou uma mensagem poderosa:

“A Amazônia não é só o pulmão do mundo, é também seu coração que pulsa arte, cultura, diversidade e resistência. E se o futuro é Amazônia, então é preciso ouvir, ver e sentir a nossa música, as nossas vozes e as nossas histórias.”

Sobre o Rio2C 2025

O Rio2C 2025 reuniu mais de 1.600 palestrantes, entre artistas, CEOs, líderes da tecnologia, produtores culturais e cientistas. O evento se consolidou como uma plataforma de discussões sobre o futuro da criatividade, sustentabilidade, inovação e economia digital.

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Gaby Amarantos segue provando que sua música vai muito além do entretenimento. É uma ferramenta de transformação social, de afirmação cultural e de esperança para o futuro

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Cultura

Nos palcos e na TV: a trajetória de Juliana Valiati como cantora e apresentadora

Reconhecida por sua voz marcante e carisma, Juliana Valiati também apresenta o programa Vozes do Brasil, levando a música sertaneja e suas histórias para todo o país.

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Cantora, compositora, apresentadora e atriz, Juliana Valiati segue consolidando sua trajetória artística com novos lançamentos e uma agenda intensa de shows. Seu mais recente single, “Mulher Feroz”, composto por Paulo Debétio e Carlos Rian, marca uma fase de empoderamento e maturidade da artista, que une a força das letras à sua presença marcante no palco.

Além de seu trabalho nos palcos, Juliana Valiati também brilha na TV como apresentadora do programa Vozes do Brasil, transmitido pelas redes sociais, rádios e emissoras parceiras, com alcance nacional e internacional.

Natural de Marechal Cândido Rondon (PR), Juliana iniciou a carreira ainda criança, aos 6 anos de idade, incentivada pelos pais, participando de festivais no Paraná e no Paraguai. Aos olhos do grande público, ficou conhecida ao vencer o programa Gente Inocente, da Rede Globo, o que a levou a assinar contrato exclusivo com a emissora por três anos.

Juliana dividiu o palco com o cantor Amado Batista por 7 anos, se apresentando por mais de vinte capitais do país, com a música “Mas você foge de mim”, composta por ela em parceria com seu pai, Jacir Valiati. Também cantou com diversos outros artistas, como Leonardo, Frank Aguiar, Moacir Franco, Caju e Castanha,Trio Parada Dura, Rick e Renner, Sula Miranda, Daniel, entre outros.

Em 2024, foi lançado o videoclipe do sucesso “Mas Você Foge de Mim”, com participação de Leonito e Xonadão do Trio Parada Dura, também com produção musical de Xonadão.

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Capa single “Mas você foge de mim”, cantores Juliana Valiati, Leonito e Xonadão do Trio Parada Dura.

Juliana coleciona videoclipes gravados em Miami, Nova York, Fortaleza e Goiânia, e é uma das poucas artistas do gênero que une versatilidade, experiência internacional e forte atuação nas mídias.

Com uma carreira pautada pela autenticidade e pela paixão pela música, Juliana Valiati segue sendo um nome relevante no cenário sertanejo, representando com força e sensibilidade o papel da mulher no gênero.

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Cultura

Cantora Vanessa Hariel lança álbum “Renascente” em julho com versões acústicas de sua carreira

Com lançamento marcado para 25 de julho, o álbum “Renascente” reúne canções importantes de sua trajetória em formato acústico e marca um momento de recomeço na carreira da artista.

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A cantora e compositora Vanessa Hariel lança na sexta-feira, 25 de julho de 2025, o álbum “Renascente”, projeto que reúne sete faixas em formato acústico intimista, revisitadas a partir de composições que marcaram sua trajetória.

“Renascente é a história de fases marcantes da minha vida, contada sem filtros, totalmente acústico. Uma visita ao passado para encerrar ciclos e renascer em paz”, afirma Vanessa Hariel.

Com produção musical e arranjos de Herbert Medeiros, o álbum reforça a versatilidade de Vanessa, que transita pelo pop, soul e MPB, sempre valorizando a força de sua presença vocal. As faixas “Desapega” e “Virei o Disco”, compostas por Rogério Moura, estão entre as sete músicas que ganham novas versões no álbum, ao lado de “Não é Coisa Passageira” com parceria de Rogério Moura, “Beijo e Fim”, “Se Foi”, “Escuta o Teu Coração” com participação de Samuell Sabino e “Casa Vazia”, todas em arranjos que destacam a voz e interpretação da cantora.

Capa do álbum
Capa do álbum Renascente, cantora Vanessa Hariel.

O novo trabalho apresenta regravações de músicas já lançadas, agora em uma perspectiva mais madura e introspectiva, refletindo um momento de transição e reafirmação na carreira da artista. “Foi desafiador regravar as músicas de uma maneira mais madura e solitária. Elas tiveram um novo significado para mim”, comenta a cantora.

Vanessa iniciou sua trajetória musical aos 13 anos, participando de concursos de talentos, e construiu uma carreira sólida ao longo dos anos, passando por palcos importantes como a Festa do Peão de Americana, antigo Grazie a Dio e Ao Vivo Music. A cantora também abriu shows de artistas como Marília Mendonça, Wesley Safadão e Felipe Araújo, e concedeu entrevistas a rádios e veículos internacionais na Colômbia e em Portugal.

O álbum “Renascente” estará disponível em todas as plataformas digitais a partir do dia 25 de julho de 2025.

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Cultura

Não precisa ser perfeita para viver. Precisa ser inteira.

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Em um mundo obcecado pela perfeição, onde as telas digitais exibem vidas que parecem impecáveis, surge uma verdade importante: a beleza da vida não está em ser perfeito, mas sim, na coragem de aceitar quem somos por completo.
A ideia de perfeição nos acompanha todos os dias. Somos bombardeados por imagens retocadas, histórias modificadas e expectativas que parecem impossíveis de alcançar. Buscamos incansavelmente um ideal que nunca conseguimos atingir, como se a felicidade dependesse de não termos falhas.
Mas o que acontece quando mudamos essa perspectiva? Quando compreendemos que ser inteiro é mais valioso do que ser perfeito? Psicólogos e os especialistas em saúde mental têm alertado sobre os danos causados por conta da busca incessante pela perfeição. A ansiedade, a depressão e a baixa autoestima muitas vezes são consequências dessa pressão que sentimos, tanto de nós mesmos quanto do mundo ao nosso redor.
Mas você já parou para refletir, que a verdadeira força está em aceitar nossas imperfeições, nossas partes quebradas? Assim como na arte japonesa do Kintsugi, onde cerâmicas quebradas são restauradas com ouro, valorizando as cicatrizes e transformando-as em parte da história e beleza do objeto. As partes quebradas que reconstruímos com dedicação, paciência e sabedoria podem se tornar nossos pontos mais fortes. Afinal nossas imperfeições são testemunhas da jornada que vivemos.
Ao aceitarmos nossas feridas emocionais, cicatrizes e imperfeições, nos tornamos mais compreensivos conosco e com as pessoas ao nosso redor. Isso não significa que devemos parar de buscar nosso crescimento, mas sim que o verdadeiro desenvolvimento acontece quando aceitamos quem realmente somos.
As vivências que nos fragmentam, quando confrontadas e superadas, acrescentam camadas de sabedoria e determinação a nossa trajetória. Cada cicatriz transforma-se em um lembrete visível de nossa capacidade de superar e evoluir.
Viver integralmente significa reconhecer todos os aspectos do ser, as qualidades e os defeitos, as conquistas e os fracassos, as certezas e as dúvidas. É um convite para abandonar a máscara da perfeição e apresentar-se ao mundo com autenticidade.
No final das contas, o que nos torna verdadeiramente humanos não é a ausência de falhas, mas a capacidade de nos mantermos inteiros, mesmo quando estamos quebrados.

Renata Job
Escritora/Cronista
Graduada em Direito, especialista em Gestão de Pessoas,
Psicologia da Ciência Política, Professora Universitária e
Coordenadora de CRAS/CREAS de Cotia

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