Uma intensa massa de ar polar começou a avançar pelo Brasil na terça-feira (27), trazendo o episódio climático mais rigoroso do ano até o momento. A frente fria já afeta diversas regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com expectativa de frio severo até o início de junho.

Segundo a MetSul Meteorologia, os próximos dias — especialmente hoje, amanhã e quinta-feira — representam risco meteorológico elevado no Rio Grande do Sul. Estão previstas chuvas fortes, temporais isolados e ventos de natureza ciclônica. As temperaturas devem cair muito abaixo da média, com geadas, sensação térmica negativa e até possibilidade de neve nas áreas de maior altitude.

O sistema começou pelo Rio Grande do Sul, trazendo mais de 110 mm de chuva em apenas 12 horas em cidades como São Borja. Em Alegrete, o transbordamento do rio Ibirapuitã deixou ao menos 15 pessoas desabrigadas. Alagamentos, deslizamentos e suspensão de aulas atingem diversos municípios.

A MetSul ressalta que esta é a massa de ar frio mais intensa do ano, em um outono que até agora vinha registrando temperaturas elevadas na maior parte do Centro-Sul brasileiro.

Dois ciclones extratropicais estão impulsionando o avanço do ar polar. As rajadas de vento podem ultrapassar 100 km/h, especialmente no litoral do Rio Grande do Sul. A quinta-feira deve ser o dia mais gelado do ano até agora, com máximas abaixo dos 10 °C em várias cidades. Em regiões serranas, a temperatura pode ficar abaixo de 5 °C o dia todo.

Mesmo fora da região Sul, o frio será sentido. Em São Paulo, a mínima entre quinta e sexta-feira deve ficar entre 7 °C e 8 °C. No Centro-Oeste, cidades como Quirinópolis (GO) e Brasília devem registrar mínimas de 12 °C e 16 °C, respectivamente.

Já o litoral norte do Sudeste, como o Rio de Janeiro, não será afetado com a mesma intensidade, mantendo mínimas amenas próximas dos 20 °C.

Há chances de neve, chuva congelada ou precipitação mista nos pontos mais altos do Nordeste e Centro-Sul gaúcho. No entanto, os modelos meteorológicos divergem quanto à localização exata e intensidade do fenômeno.

Nos Campos de Cima da Serra (RS), os termômetros podem marcar -4 °C, enquanto no Planalto Sul Catarinense e em Palmas (PR), as mínimas devem ficar abaixo de zero, com geadas generalizadas.

O avanço continental dessa massa de ar polar atinge inclusive o Norte do país, provocando friagem no Acre, Rondônia e Sul do Amazonas. Também são esperadas quedas bruscas de temperatura em Mato Grosso e no interior de São Paulo.

Antes de atingir o Brasil, a frente fria provocou estragos no Paraguai, onde um policial morreu atingido por raio. Em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, houve alagamentos. Na Argentina, cidades como Vera enfrentaram chuvas catastróficas, enquanto Mendoza e Córdoba registraram as primeiras grandes nevascas do ano.

A expectativa é de que as madrugadas mais frias ocorram a partir de sexta-feira (30), quando o céu deve se limpar e os ventos perderem força, condições ideais para acúmulo de ar frio. Os órgãos meteorológicos e de defesa civil recomendam que a população acompanhe os alertas e redobre os cuidados, principalmente com idosos, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Comemorando seus 151 anos de fundação no último dia 29 de abril, Campos do Jordão promoveu uma série de eventos que foram além das festividades tradicionais. Reconhecida como a “Suíça Brasileira”, a cidade iniciou um novo capítulo de sua história com foco no desenvolvimento econômico sustentável, na valorização da cultura local e na ampliação das relações com o cenário internacional.

Durante dois dias de celebrações, a serra paulista foi palco de atividades que enalteceram o talento local, resgataram memórias e reforçaram o sentimento de pertencimento da população jordanense. As homenagens buscavam transmitir ao Brasil e ao mundo que o futuro do município passa pela preservação de suas raízes culturais, pela hospitalidade característica e pelo empreendedorismo de seu povo.

Diplomacia e Desenvolvimento: o novo posicionamento da cidade

A atual fase de transformação de Campos do Jordão tem como um de seus principais articuladores o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Izar. Com uma atuação voltada para o fortalecimento das relações internacionais, Izar tem trabalhado na atração de investimentos estrangeiros, especialmente de países europeus, em busca de parcerias que alavanquem o turismo de alto padrão, a inovação e a valorização da identidade local.

“Nosso objetivo é posicionar Campos do Jordão como um polo internacional de cultura, turismo e desenvolvimento sustentável”, afirma o secretário.

Gastronomia como vetor cultural e conexão global

Parte essencial da celebração foi a valorização da gastronomia local, considerada um dos mais fortes elementos da identidade cultural jordanense. Durante o evento, chefs renomados da cidade apresentaram menus que combinam tradição, sofisticação e ingredientes regionais, consolidando Campos do Jordão como um destino gastronômico de prestígio.

Entre os destaques estiveram:

• Chef Maria Catão (Elio Cucina Speciale)
• Chef Fernando Giacomini Gianello (YVY Cuisine)
• Chef Anouk Migotto (Casa Bambuí)
• Chef Anderson Oliveira (Restaurante Dona Chica)
• Chef Bruno Darlan (Osteria Darlan)
• Chefs Francis Tunes e Zezé Meireles (Restaurante Ludwig)
• Chef João Izar (Puriman Restaurante)
• Chef Jucélia Costa Manso (Riso Bistrô)

Além dos restaurantes, a Cervejaria Caras de Malte, comandada por Marcelo Lauria, apresentou seus rótulos premiados, e o Hotel Toriba, sob direção de Aref Farkouh, recebeu convidados em eventos de alto nível e networking internacional.

Projeção global com raízes firmes

Ao completar 151 anos, Campos do Jordão reafirma sua vocação para o turismo de excelência e sua abertura ao diálogo com o mundo. Com uma cultura vibrante, hospitalidade diferenciada e projetos estratégicos voltados à inovação, o município se apresenta como um modelo de cidade que une tradição e modernidade na busca por um futuro sustentável.

A celebração não apenas marcou uma data, mas abriu caminho para uma nova era em que Campos do Jordão pretende consolidar-se como protagonista em redes de cooperação internacional, mostrando que é possível crescer com responsabilidade, sem abrir mão da própria identidade.