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Arquitetura e Urbanismo

O Futuro do Design de Interiores em São Paulo

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Como a capital paulista está redesenhando o viver, o trabalhar e o habitar com criatividade, tecnologia e propósito.

São Paulo sempre foi sinônimo de vanguarda, e no mundo do design de interiores não é diferente. Com sua diversidade cultural, vida urbana intensa e demandas crescentes por bem-estar, funcionalidade e estilo, a maior cidade do Brasil está moldando um novo futuro para os ambientes internos — seja em casas, escritórios, espaços comerciais ou studios.
Entre o minimalismo afetivo, a tecnologia invisível e o resgate da brasilidade, o design paulistano aponta para um novo tempo: mais consciente, adaptável e conectado ao ser humano.

Se antes o design de interiores seguia tendências globais com foco quase exclusivo na estética, agora ele caminha lado a lado com o comportamento social e emocional.
Após a pandemia, São Paulo viu crescer a busca por ambientes que acolhem, organizam e potencializam o bem-estar no cotidiano urbano.

Ambientes integrados, iluminação natural, multifuncionalidade e personalização são os pilares do momento. “O cliente não quer mais uma casa bonita apenas para mostrar. Ele quer um espaço que conte sua história, que o ajude a viver melhor”, comenta a designer de interiores Ana Paula Almeida, que atua na capital há mais de 15 anos.

Tendências que moldam o futuro

Confira algumas das principais tendências que já se consolidam como o futuro do design de interiores em São Paulo.

A reconexão com elementos naturais está em alta. Isso se traduz em:

  • Uso de materiais orgânicos como madeira, pedra e fibras naturais.
  • Jardins verticais, hortas internas e varandas ativas.
  • Cores inspiradas em tons da terra, do céu e das plantas.

Automação residencial se tornou mais acessível. O design agora incorpora:

  • Iluminação, som e climatização automatizados.
  • Estações de carregamento integradas.
  • Eletrodomésticos inteligentes que se “escondem” no mobiliário.

Em uma cidade onde o metro quadrado é valioso, o design aposta em:

  • Móveis retráteis e multifuncionais.
  • Estantes que viram divisórias.
  • Sofás que se transformam em camas ou estações de trabalho.

Cada vez mais, designers paulistanos investem na brasilidade:

  • Peças autorais de artesãos locais.
  • Releitura de ícones do modernismo brasileiro (Sergio Rodrigues, Lina Bo Bardi).
  • Mistura de texturas e referências culturais genuinamente nacionais.

A consciência ambiental tem se tornado parte central dos projetos:

  • Reutilização de móveis e revestimentos.
  • Escolha de fornecedores locais e materiais recicláveis.
  • Certificações e práticas de construção limpa.

São Paulo abriga os maiores escritórios e talentos do design de interiores da América Latina. Eventos como a CASACOR SP, a DW! Design Weekend e feiras como a Revestir atraem marcas, profissionais e influenciadores do mundo todo.

Além disso, o mercado digital está aquecido. Muitos designers vêm atuando de forma híbrida, oferecendo consultorias online, pacotes 3D personalizados e serviços para quem busca transformar espaços com rapidez e praticidade.

“Hoje, conseguimos atender clientes do Brasil inteiro diretamente do nosso estúdio em São Paulo. A tecnologia aproximou o design das pessoas”, diz Lucas Vieira, designer de interiores e influenciador digital com mais de 300 mil seguidores.

O futuro do design de interiores em São Paulo é feito de equilíbrio: entre inovação e tradição, forma e função, estética e propósito. Em uma cidade que nunca dorme, os ambientes se tornam o refúgio, o estímulo e a extensão de quem os habita.

Para quem trabalha na área ou busca renovar o próprio espaço, o momento é promissor. Mais do que seguir tendências, o futuro pede identidade, empatia e inteligência na forma como projetamos o lugar onde a vida acontece.

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Arquitetura e Urbanismo

Paisagismo Contemporâneo: A Natureza como Protagonista da Arquitetura

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Como o paisagismo transforma espaços urbanos e residenciais, conectando natureza, bem-estar e identidade arquitetônica

Muito além da estética, o paisagismo é hoje uma das áreas mais estratégicas da arquitetura e do urbanismo. Ele atua como ponte entre o espaço construído e o meio ambiente, promovendo qualidade de vida, equilíbrio térmico, saúde emocional e regeneração ambiental.
Na arquitetura contemporânea, o verde não é mais um “acessório” — é parte central do conceito.


O que é paisagismo?

O paisagismo é a arte e a técnica de planejar, projetar e organizar espaços livres (públicos ou privados), por meio do uso consciente da vegetação, dos elementos naturais e de intervenções arquitetônicas.

Engloba desde o jardim de uma casa até grandes parques urbanos, passando por:

  • Áreas comuns de condomínios
  • Fachadas verdes
  • Jardins verticais e telhados vivos
  • Praças públicas
  • Espaços corporativos e comerciais

Por que o paisagismo é essencial na arquitetura?

Integração com a natureza

O paisagismo cria uma transição suave entre o ambiente artificial e o natural, promovendo uma sensação de harmonia e pertencimento.

Regulação térmica e acústica

Árvores, plantas e gramados reduzem o calor, filtram o ar e ajudam a conter ruídos — melhorando o conforto ambiental, especialmente nas cidades.

Valorização estética e financeira

Um bom projeto paisagístico valoriza o imóvel, aumenta sua atratividade e gera maior conexão emocional com os usuários.

Bem-estar e saúde mental

Estar perto de áreas verdes comprovadamente reduz o estresse, melhora o humor e estimula hábitos mais saudáveis.


Principais elementos do paisagismo moderno

  • Plantas nativas: menor manutenção e mais adaptadas ao clima local.
  • Espelhos d’água e fontes: criam movimento, frescor e relaxamento.
  • Iluminação cênica: valoriza volumes, sombras e caminhos noturnos.
  • Mobiliário urbano e decks: conforto e funcionalidade.
  • Caminhos, pedras e texturas naturais: criam ritmo e direcionam o olhar.

Tendências de paisagismo contemporâneo

Paisagismo sustentável

Projetos que utilizam:

  • Sistemas de irrigação inteligente
  • Compostagem e captação de água da chuva
  • Plantio com espécies de baixa demanda hídrica
  • Telhados e paredes verdes
  • Jardins comestíveis

Integração de hortas urbanas e paisagismo produtivo em casas, escolas, prédios e condomínios.

Espaços de bem-estar

Jardins sensoriais, áreas para meditação, espaços terapêuticos e trilhas urbanas verdes.

Urbanismo verde

Praças ativas, “parklets”, corredores verdes e requalificação de espaços degradados com vegetação funcional.


Paisagismo em diferentes contextos

Residencial:

  • Integração com áreas gourmet, piscinas e varandas
  • Jardins internos ou em pátios
  • Fachadas verdes com plantas trepadeiras

Corporativo e comercial:

  • Ambientes de trabalho com vegetação integrada
  • Biophilic design (design biofílico)
  • Áreas de descompressão e convivência verde

Espaço público:

  • Praças urbanas, ciclovias verdes, parques lineares
  • Arborização urbana planejada
  • Recuperação de áreas degradadas ou impermeabilizadas

Citação de especialista

“O paisagismo não é mais apenas um complemento. Ele é estrutura, identidade e saúde dos espaços. Um bom projeto paisagístico melhora o clima, promove convívio social e ajuda a regenerar o planeta.”
Ana Beatriz Fontes, arquiteta paisagista e pesquisadora em urbanismo verde


O paisagismo contemporâneo transforma a relação entre as pessoas, a arquitetura e o ambiente. Ele propõe soluções integradas e sustentáveis, que unem beleza, função e responsabilidade ecológica.

Inserir a natureza no projeto não é luxo — é necessidade. É o caminho para criar espaços mais humanos, resilientes e poéticos, onde o concreto encontra o verde e a vida urbana se reconecta com o essencial.

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Arquitetura e Urbanismo

O Mercado de Revestimentos no Brasil: Tendências, Gigantes do Setor e o Futuro Sustentável do Design de Superfícies

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O Brasil é um dos maiores centros mundiais de produção e inovação no mercado de revestimentos cerâmicos, porcelanatos e superfícies decorativas. Combinando tradição industrial, criatividade no design e avanço tecnológico, o setor movimenta bilhões por ano e atrai atenção de marcas globais.
De grandes formatos a texturas naturais, de sustentabilidade à automação, os revestimentos deixam de ser coadjuvantes e se tornam protagonistas no design de interiores contemporâneo. Nesta matéria, exploramos o cenário atual do mercado, suas tendências, os principais players nacionais — e o posicionamento da maior marca internacional em solo brasileiro.

Um setor forte e estratégico

De acordo com dados da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos):

  • O Brasil produz mais de 800 milhões de m² de revestimentos por ano.
  • Está entre os três maiores produtores do mundo, junto com China e Índia.
  • Exporta para mais de 110 países, sendo referência na América Latina.
  • Emprega diretamente mais de 25 mil profissionais.

Além do impacto econômico, o setor acompanha de perto as transformações estéticas, culturais e ambientais, sendo parte ativa da reinvenção dos espaços de morar e viver.

Tendências que moldam o mercado

Naturalidade e design orgânico

Revestimentos que imitam com perfeição texturas naturais — como pedra, mármore, madeira e cimento — ganham destaque por unirem beleza, funcionalidade e fácil manutenção.
A paleta de cores segue os tons terrosos, verdes suaves e neutros sofisticados, reforçando a conexão com a natureza.

Grandes formatos e inovação tecnológica

O avanço industrial permite peças com até 3 metros de altura, ideais para projetos que pedem amplitude visual e uniformidade.
Além disso, muitas marcas incorporam nanotecnologia, superfícies antibacterianas e pisos que absorvem menos calor — respondendo a exigências técnicas e climáticas.

Sustentabilidade em alta

A produção sustentável deixou de ser diferencial para se tornar regra:

  • Linhas com até 84% de material reciclado.
  • Redução de água e energia na fabricação.
  • Certificações como LEED, ISO 14001 e Declare Label.

As gigantes brasileiras do setor

O Brasil abriga algumas das maiores e mais inovadoras empresas do setor de revestimentos no mundo. Veja os principais nomes:

1. Portobello

  • Sede: Tijucas (SC)
  • Destaques: É a maior empresa de revestimentos cerâmicos do Brasil.
  • Exporta para mais de 60 países e tem uma linha de produtos autorais, com coleções assinadas por arquitetos renomados.
  • Atua também no varejo com a Portobello Shop, presente em todo o país.

2. Eliane Revestimentos

  • Sede: Cocal do Sul (SC)
  • Reconhecida pela qualidade técnica e pelo pioneirismo em grandes formatos e design de superfície.
  • Parte do grupo Mohawk Industries desde 2018, o que ampliou seu alcance global.

3. Cerâmica Villagres

  • Sede: Santa Gertrudes (SP)
  • Uma das líderes do chamado “Polo Cerâmico de Santa Gertrudes”, maior polo fabril da América Latina.
  • Destaque por inovação estética, linhas premium e porcelanatos sofisticados.

4. Ceusa (Grupo Dexco)

  • Sede: Urussanga (SC)
  • Com foco em tecnologia digital e sustentabilidade, a Ceusa é referência em estampas criativas, formatos não convencionais e coleções autorais.
  • Faz parte da Dexco, holding que também comanda marcas como Duratex e Deca.

5. Incepa / Roca Brasil Cerámica

  • Parte do grupo Roca Cerámica, de origem espanhola, mas com forte operação no Brasil.
  • A Incepa tem linhas modernas, acessíveis e é destaque em acabamento para grandes obras públicas e privadas.

Presença internacional: Mohawk Industries (EUA)

A Mohawk Industries, com sede nos Estados Unidos, é hoje a maior empresa de revestimentos do mundo.
Ela atua no Brasil por meio da Eliane Revestimentos, desde a aquisição do controle da empresa catarinense em 2018. Com isso, trouxe ao mercado nacional:

  • Investimento em automação de última geração.
  • Expansão da exportação da cerâmica brasileira para mercados exigentes como EUA e Europa.
  • Intercâmbio técnico entre fábricas e centros de design nos dois continentes.

A presença da Mohawk reforça o Brasil como plataforma global de inovação e produção em revestimentos.

O consumidor brasileiro e o futuro do setor

O novo perfil do consumidor de revestimentos no Brasil é mais consciente, conectado e exigente. Ele busca:

  • Design exclusivo, sem abrir mão da funcionalidade.
  • Soluções sustentáveis com certificação e rastreabilidade.
  • Atendimento especializado e experiência omnicanal (loja + digital).

Para o futuro, a tendência é de personalização de superfícies, realidade aumentada na escolha de materiais, revestimentos interativos (com sensores, iluminação embutida, entre outros) e parcerias cada vez mais fortes entre indústria, arquitetura e tecnologia.

O mercado de revestimentos no Brasil se consolida como potência criativa, industrial e comercial, com um pé firme na tradição fabril e outro apontado para o futuro do design.
Com players nacionais gigantes, entrada de multinacionais e um consumidor cada vez mais sofisticado, o setor segue como protagonista na transformação dos ambientes urbanos e da estética contemporânea.

O futuro do revestimento é tecnológico, natural e, acima de tudo, humano — e o Brasil tem o cenário ideal para liderar essa revolução.

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Arquitetura e Urbanismo

O Novo Horizonte da Arquitetura em Florianópolis

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Entre tradição açoriana, luxo contemporâneo e inovação sustentável, a Ilha da Magia se firma como um polo criativo da arquitetura brasileira

Florianópolis, conhecida mundialmente como a Ilha da Magia, encanta não apenas por suas paisagens naturais, mas também por sua rica diversidade arquitetônica. Entre construções históricas que preservam a identidade açoriana e projetos modernos que exploram o máximo da integração com a natureza, a capital catarinense vive um momento vibrante no setor de arquitetura e urbanismo. A cidade se torna, cada vez mais, um laboratório vivo para novas formas de morar, construir e preservar.

Ao caminhar pelas ruas de bairros como Santo Antônio de Lisboa, Ribeirão da Ilha e o Centro Histórico, é possível sentir o peso do tempo nas construções coloniais, muitas delas datadas dos séculos XVIII e XIX. São casas térreas, coloridas, com telhados em cerâmica e detalhes em madeira que carregam consigo a identidade cultural dos imigrantes açorianos. Preservadas e tombadas em muitos casos, essas construções são consideradas patrimônio histórico e cultural de Florianópolis.

Além das residências, edificações como a Fortaleza de São José da Ponta Grossa e a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades revelam a arquitetura religiosa e militar da época colonial, mostrando como a ocupação da ilha moldou um perfil urbano que ainda pulsa no cotidiano da cidade.

A cidade que inspira o novo: arquitetura contemporânea e alto padrão

Nos últimos anos, bairros como Jurerê Internacional, Cacupé, Campeche e João Paulo se tornaram vitrines de uma nova Florianópolis. São regiões que abrigam residências de luxo, condomínios inteligentes e empreendimentos que valorizam o design contemporâneo.

Linhas minimalistas, fachadas limpas, uso de concreto aparente, vidro, aço e madeira natural compõem o cenário arquitetônico atual. Muitos projetos são assinados por escritórios catarinenses premiados, que vêm ganhando espaço no cenário nacional por suas propostas elegantes e integradas com a paisagem.

“A demanda por soluções que unam sofisticação e sustentabilidade é crescente. Em Floripa, temos o desafio e o privilégio de trabalhar com uma paisagem exuberante, o que exige responsabilidade ambiental e criatividade arquitetônica”, comenta a arquiteta Beatriz Ramos, especializada em projetos residenciais de alto padrão.

Em uma cidade cercada por mar, morros e áreas de preservação, o compromisso com a sustentabilidade se tornou indispensável para quem projeta e constrói. Hoje, é comum encontrar em Florianópolis casas com telhados verdes, sistemas de captação de água da chuva, painéis solares e ventilação cruzada natural.

A bioarquitetura também ganha espaço, com projetos que utilizam bambu, adobe, taipa e madeira certificada — materiais que respeitam o meio ambiente e fortalecem o elo entre construção e ecossistema.

Segundo dados do Sinduscon-SC, mais de 30% dos novos empreendimentos da cidade incorporam algum tipo de tecnologia verde. Essa tendência acompanha um perfil de morador que busca qualidade de vida sem abrir mão da consciência ecológica.

A presença de instituições como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Unisul contribui diretamente para a formação de profissionais qualificados na área. Esses centros de ensino não só formam arquitetos, como também promovem eventos, debates e pesquisas voltadas à urbanização sustentável e inovação construtiva.

Além disso, eventos como a CASACOR Santa Catarina têm colocado a cidade no circuito nacional de design e arquitetura, atraindo profissionais de todo o país e servindo de vitrine para o talento local.

Florianópolis vive um momento único no setor da arquitetura. Com sua alma histórica, sua paisagem natural inigualável e uma população cada vez mais exigente e consciente, a cidade se posiciona como referência nacional em qualidade de vida, urbanismo sustentável e design arquitetônico.

Para arquitetos, engenheiros, construtoras e investidores, a ilha representa um terreno fértil onde passado e futuro se encontram — e constroem, juntos, uma cidade modelo para o Brasil.

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